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160921ac3O 8º Prêmio de Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU, realizado na última terça-feira (14/09), trouxe boas notícias para a Companhia. Além da organização do Prêmio ter sido bem-sucedida e o evento ter sido exitoso, a CBTU contou com um artigo de um de seus empregados entre os finalistas da premiação. O trabalho "Sensor de alta tensão para conversores estáticos", de Bruno Rafael Guedes da Silva, foi selecionado para a fase final e ficou entre os cinco mais bem avaliados artigos de sua categoria. No total, foram recebidos 118 artigos para concorrer ao 8º Prêmio ANPTrilhos-CBTU, em três categorias diferentes.

“A sensação é maravilhosa, o coração fica a mil, e estou bastante feliz com o fato de ser finalista e já poder ganhar um troféu de participação”, comemora o autor do trabalho que acaba de ser reconhecido entre os melhores do ano na mais importante premiação do setor metroferroviário no país. 

Bruno Rafael é técnico industrial da CBTU Recife e exerce suas atividades na Coordenadoria de Manutenção Corretiva de Trens (COMAC), da Gerência de Material Rodante (GOMAR). Neste ano, ele desenvolveu um sensor de alta-tensão para solucionar as falhas apresentadas nos sensores dos trens da frota CAF. 

A ideia do novo sensor, na verdade, já vinha sendo pensada pelo empregado desde que passou a trabalhar na Companhia. “Após ser contratado pela CBTU em dezembro de 2017, já comecei a perceber no início do ano de 2018 os problemas que estavam acontecendo com os sensores de alta tensão dos conversores auxiliares dos trens CAF. A partir dos problemas observados nos trens, dei início na pesquisa e desenvolvimento de um sensor que poderia ser compatível em funcionamento com o sensor original”, disse Bruno. 

160921ac4Os sensores são peças que fazem parte do chamado "conversor auxiliar", equipamento que gera tensão elétrica e alimenta diversos componentes dos trens, incluindo o sistema de comando. O sensor desenvolvido por Bruno Rafael e reconhecido no 8º Prêmio de Tecnologia tem a vantagem de ter um custo bem menor em relação aos sensores originais, além de possuir alta qualidade de performance. Enquanto um equipamento original custa por volta de 16 mil reais, o aparelho desenvolvido pelo empregado da CBTU custa em torno de 100 reais. Batizado de HVS (High-Voltage Sense), o sensor criado por Bruno conta com uma tecnologia que permite a utilização de componentes disponíveis no mercado e de baixo custo, o que proporciona uma economia para a Companhia de quase 288 mil reais.

Isso foi possível a partir de muita dedicação e estudo por parte de Bruno, que projetou o equipamento também como parte de sua pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de engenharia elétrica, concluído em 2020. Os testes e a elaboração inicial do sensor foram realizados no laboratório que o empregado montou em sua própria casa, como ele conta: “Comecei a colocar em prática o desenvolvimento do protótipo no início do ano de 2020, pois conforme eu melhorava a estrutura do meu laboratório em casa, eu conseguia avançar nos estudos”.

Atualmente, o sensor possui 18 unidades instaladas em oito trens da CBTU Recife, permitindo a maior disponibilidade de trens da frota CAF. “Temos hoje em torno de 66,66% da frota com o HVS, mas tem dias que, devido à manutenção de trens que estão com outras falhas, os trens que estão com HVS correspondem a 100% da frota que roda diariamente. Ou seja, sem os HVS hoje poderíamos ter um enorme problema”, analisa Bruno.

160921ac1(da esq. para dir.) Os empregados Renato Santos, que ajudou com o dispositivo, e Bruno Rafael, autor do artigo.

O técnico industrial da CBTU Recife não pensa em parar suas criações. Além de ter desenvolvido a versão 2 do HVS (HVS-02), um aperfeiçoamento da versão 1 e já em uso na frota (a versão 2 já representa 17 das 18 unidades em uso), ele partilha ideias que estão no radar e que podem se efetivar em boas novidades para os sistemas metroferroviários da Companhia: “Já pensei em desenvolver algo relacionado ao sistema de sinalização de controle e tração do trem, melhorias do sistema de segurança e sinalização para trabalhar nas áreas de risco em que a gente precisa verificar se a linha de alta tensão está desligada, como também desenvolver um projeto de baixo custo para as manetes/módulo de tração do trem”.

Para Bruno Rafael, a CBTU possui um quadro de empregados capaz de figurar outras vezes em posições de destaque, já em um horizonte próximo. “Acredito que no próximo evento a CBTU irá mostrar melhor o seu potencial, onde mais colaboradores irão participar mais efetivamente desse concurso de artigos. Sou apenas um de muitos trabalhadores capacitados”. Que suas previsões se concretizem e seu trabalho sirva também como inspiração para tantas cabeças e braços que juntos fazem a Companhia ser destaque e orgulho.

 

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