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Ninguém mais, ninguém menos que o “poeta das coisas simples”, o gaúcho Mario Quintana, ilustra a Parede Poética/Estação Poesia neste mês de agosto, na CBTU João Pessoa. Os painéis com poemas do Príncipe dos Poetas Brasileiros estão em cartaz na Estação Ferroviária de João Pessoa e trazem, em síntese, os versos que expressam em poucas palavras a imensidão da obra de um dos principais gênios literários do país.


O projeto Parede Poética/Estação Poesia, uma parceria entre o Serviço Social do Comércio (SescParaíba) e a CBTU João Pessoa objetiva levar o pensamento de autores paraibanos e brasileiros ao público em geral como forma de disseminar a cultura e arte. Ao todo, 12 painéis, com apresentação de Henriques Rodrigues Prestes e ilustração de Fernando Lindote, estão expostos na plataforma da Estação ferroviária, com acesso livre a todos os passageiros dos trens urbanos.


Mario Quintana - Mario de Miranda Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal Alegrete, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.


Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.


Ao comemorar os 80 anos de Mario Quintana, em 1986, a Editora Globo lança a coletânea 80 Anos de Poesia. Três anos depois, ele é eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e pelo jornal carioca A Voz. Em 1992, A Rua dos Cataventos tem uma edição comemorativa aos 50 anos de sua primeira publicação, patrocinada pela Ufrgs. E, mesmo com toda a proverbial timidez, as homenagens ao poeta não cessam até e depois de sua morte, aos 88 anos, em 5 de maio de 1994.


FONTE: IMPRENSA CBTU-JOÃO PESSOA

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